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É sexta! É sexta! É sexta!

Só faltam dois dias para ir ver os Monty Python à portuguesa!
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Li algures num poema ao acaso...

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer filas para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra. A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição. As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. A luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. A contaminação da água do mar. A lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta. A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma. Marina Colasanti
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Já?!

Mas já passou o fim-de-semana?! E eu sem descansar nada... Humpf... Que venha uma semana calma por favor!
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Facto

É um facto que, depois de começar a ver móveis para a minha casa deixei de saber o que é comprar roupa. E não é só por motivos financeiros, mas porque simplesmente quando entro num shopping vou só a lojas de decoração, já não me apetece entrar em lojas de roupa, nem ver montras com manequins. A minha vontade fixou-se em sofás, aparadores, candeeiros, cadeirões, mesas, quadros, tapetes, cortinas e sim, já gastei uma quantia considerável em revistas de decoração... As compras a sério, aquelas que nos levam mais de dois e três ordenados já começaram na cozinha, aqui: Agora falta-nos o resto! Os procedimentos são sempre os mesmos: pedir orçamentos, discutir ideias, alterar pormenores e depois de vermos coisas caras, baratas, com muita ou pouca qualidade escolhe-se o que se gostou mais dentro do que podemos adquirir claro! Custa um bocadinho, ficamos inseguros nalgumas coisas porque é tudo muito novo para nós, mas dá-nos um gozo enorme construir o ambiente que daremos à nossa vida a dois ali, naquele espaço.
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Eis o grande Tochas!

retirado daqui
Já não fui a tempo de arranjar bilhetes para este espectáculo no Teatro do Campo Alegre, no Porto e a estreia mundial do novo espectáculo vai ser no Teatro da Trindade, em Lisboa, por isso é um bocadinho fora de mão para mim! Apesar de não poder estar presente nestes espectáculos, recomendo-os vivamente! Do Tochas só se pode esperar o melhor, porque ele é mesmo um dos melhores artistas de improviso do mundo e arredores!
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ai valentim valentim...

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Rir é o melhor remédio...

...E porque apesar de tudo, é preciso sempre olhar para o lado "fixe" da vida, aqui vamos nós a mais um espectáculo, que também promete...
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Afuturar ou não afuturar?

"Quem nunca se afuturou, nem perdeu, nem ganhou!" Eu afuturei. Se perdi, se ganhei, isso ainda se está para ver... "Não podes mudar o mundo", dizem todos... Eu sei, eu sei... Ainda apanho uma carga de lenha por causa disso, ou coisa pior... Deus me acuda nestas horas mais difíceis, que é só nestas horas que me lembro de todos os Santos e mais alguns.
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Sentimento de Domingo

Comprei uma máquina de costura nova. A outra máquina que ainda existe e resiste em minha casa já não me obedece, tem as suas manhas que só a minha mãe e a minha avó conhecem e por mais voltas que dê não consigo que ela me faça as vontades. Por isso, estou muito contente com a minha mais recente aquisição. Confesso que ainda não tirei foto nenhuma de jeito e por isso tudo se resume a palavras. Este domingo ainda não me fez ter vontade de pegar nela, de a descobrir como ela merece, por isso ainda continua no sítio onde a deixei na semana passada. O Sol que entra pela varanda conforta-me, mas não é suficiente para me mentalizar que está tudo bem, porque não está. Respiro fundo e tento acalmar-me. Penso em tudo e fico novamente sem forças. Porquê?, perguntamos vezes sem conta, mas de nada vale. Vamos crescer com isto, vamos aprender para sermos mais fortes e levar todos os acontecimentos da nossa vida com coragem.
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Back to Crafty - 1st bag

Foi preciso um fim-de-semana prolongado, com direito a ponte e a feriado para voltar às agulhas e tecidos... A desculpa foi o aniversário de uma amiga, que me deixou com a vontade de lhe oferecer algo especial! Depois de muito pesquisar para arranjar um padrão que fosse fácil e simples, mas acima de tudo bonito, encontrei aqui um modelo que me agradou. E eis que surge a minha primeira mala..
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